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2012 - Livro Vermelho 2013

Styrax acuminatus Pohl LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 12-09-2012

Criterio:

Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

S. acuminatus é uma arbórea do Sul e Sudeste brasileiro. Foi estimada Extensão de Ocorrência bastante superior a 20.000 km². Embora tenha baixa densidade (máximo 6 indivíduos por hectare), muitas subpopulações foram encontradas em área sob proteção integral, de mode que a espécie não apresenta risco de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Styrax acuminatus Pohl;

Família: Styracaceae

Sinônimos:

  • > Styrax acuminatus var. alutaceus ;
  • > Styrax alutaceus ;
  • > Styrax alutaceum ;
  • > Styrax acuminatum ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Pl. Bras. Icon. Descr. 2: 58 (t. 138). 1830. Nomes populares: "Jacutinga", "Pombeiro" (Fritsch, 2012), "Benjoeiro" e "Pindauvuna" (Catharino, 2006).

Dados populacionais

Em fragmento florestal urbano, floresta ombrófila densa, no município de Criciúma, no estado de Santa Catarina, apresentou 6 indivíduos por hectare (Silva, 2006). Em levantamento na Mata da Zilda, floresta decídua, na região do triângulo mineiro, no estado de Minas Gerais, apresentou uma densidade absoluta (ind./ha) de 5,1 no ano de 1994 e 3,8 no ano de 1998, e uma variação da área basal de 0,0782 no ano de 1994 para 0,0935 no ano de 1998 (Werneck et al., 2000). Em estudo de uma floresta ombrófila mista montana secundária em Lages, no estado de Santa Catarina, foram amostrados um total de 4 indivíduos em uma área de 1ha (Silva et al., 2012). Em levantamento fitossociológico de uma floresta estacional decidual no município de Frederico Westphalen, no estado do Rio Grande do Sul, foi amostrado apenas 1 indivíduo em uma área de 1ha (Scipioni et al., 2011).

Distribuição

Ocorre nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Fritsch, 2012).

Ecologia

Caracteriza-se por árvores (Souza; Araújo, 2005); apresenta síndrome de dispersão zoocórica e autocórica; síndrome de polinização zoofílica; floresce em Setembro e Outubro, frutifica de Janeiro a Fevereiro, e de Setembro a Outubro (Catharino, 2006; Silva, 2006); espécie clímax exigente de luz (Werneck et al., 2000).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação

4.4.3 Management
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Parque Municipal Arthur Thomas e Parque Estadual Mata dos Godoy, no estado do Paraná; Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro; Parque Estadual Carlos Botelho, Estação Ecológica Águas de Santa Bárbara, Parque Estadual Pariquera Abaixo e Parque Estadual do Jaraguá, em São Paulo (CNCFlora, 2012); e Parque Estadual de Vila Velha no Paraná (Fritsch; Aranha, com. pessoal).

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

Referências

- FRITSCH, P.W. Styrax acuminatus in Styrax (Styracaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB032906>.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- SOUZA, J.P.; ARAÚJO, G.M. Estrutura arbustivo/arbórea do subosque de clareiras e áreas sob dossel fechado em Floresta Estacional Semidecidual urbana em Araguari - MG., Bioscience Journal, Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia, v.21, p.93-102, 2005.

- CATHARINO, E.L.M.; BERNACCI, L.C.; FRANCO, G.A.D.C.; DURIGAN, G.; METZGER, J.P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP., Biota Neotropica, p.1-28, 2006.

- SILVA, R.T. Florística e estrutura da sinúsia arbórea de um fragmento urbano de Floresta Ombrófila Densa do município de Criciúma, Santa Catarina. Mestrado. Criciúma: Universidade do Extremo Sul Catarinense, 2006.

- WERNECK, M.S.; FRANCESCHINELLI, E.V.; TAMEIRÃO-NETO, E. Mudanças na florística e estrutura de uma floresta decídua durante um período de quatro anos (1994-1998), na região do Triângulo Mineiro, MG., Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v.23, p.401-413, 2000.

- SILVA, A.C.; HIGUCHI, P.; AGUIAR, M.D. ET AL. Relações florísticas e fitossociologia de uma Floresta Ombrófila Mista Montana secundária em Lages, Santa Catarina., Ciência Florestal, Santa Maria, v.22, p.193-206, 2012.

- SCIPIONI, M.C.; FINGER, C.A.G.; CANTARELLI, E.B.; DENARDI, L.; MEYER, E.A. Fitossociologia em fragmento florestal no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul., Ciência Florestal, Santa Maria, v.21, p.409-419, 2011.

Como citar

CNCFlora. Styrax acuminatus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Styrax acuminatus>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 12/09/2012 - 17:22:54